É bem verdade que obras protagonizadas por vilões já está ficando bem comuns, mas enquanto o tema não se torna batido, inicia-se uma disputa para ver qual ocupa o maior status no subgênero. Alguns meses atrás tivemos o ótimo "Meu malvado Favorito", e agora, Megamente.
Megamente e Metro Man iniciaram suas rivalidades um pouco antes de chegarem ao planeta terra. Ambos foram extraídos de seus devidos planetas em destruição quando ainda bebês. A diferença é que, ao cair na terra, Metro Man, o alienígena com características humanas, cai dentro de uma mansão e é criado com mordomia por uma família rica. Enquanto Megamente, o alienígena cabeçudo e azul, acaba aterrissando em um presídio, onde é criado por detentos e cresce aprendendo que fazer o certo é errado e fazer o errado é certo.
Obvio que vai haver uma redenção na história. E isso acontece quando Titan, o super-herói criado pelo próprio Megamente (com o intuito de substituir o agora derrotado Metro Man) decide se rebelar. Fazendo com que o vilão Megamente passe para o lado bom da força e combata sua criação.
Felizmente essa mudança de vilão para herói não é brusca, e tão pouco forçada. Vide que desde o começo o filme mostra que Megamente só havia se tornado mau porque a sociedade o fez assim, o menosprezando por ser diferente dos demais. Outro ponto positivo é que ele (o filme) não impõe o bem e o mal com rigor, mostrando que tanto o herói quanto o vilão possuem ambos os sentimentos no coração.
Megamente possui uma agradável e empolgante trilha sonora que vai de clássicos do rock ao pop como "Welcome to the Jungle" de Guns N' Roses, "Bad" e "Bad To The Bone" de Michael Jackson e "Crazy Train" de Ozzy Osbourne. Embora tenho feito falta a trilha original que estaria a cargo do onipresente Hans Zimmer.
Mas a animação só peca mesmo por ser fraca em suas piadas. Esperava dar umas gargalhadas extravagantes mas acabei me contentando apenas em dar um sorrisão (O que não é nada mal, mas lembro de ter rido mais alto em Meu malvado Favorito).
Apesar de ainda manter uma certa inferioridade no quesito moral em relação a Pixar, a Dreamworks em nada deve no quesito animação, se mostrando 100% atenta aos detalhes e sempre apresentando uma melhora de qualidade a cada novo filme. E começo a achar que talvez seja melhor assim, pois nem toda animação precisa ser feita para nos fazer chorar.
Em suma, é um filme que vale a pena ser visto, é mais um que carrega a boa fama das animações e mais um que entra para minha lista dos que merecem ser revistos...e de novo, e de novo, e de novo, e de novo...
PS1: para os eternos amantes dos quadrinhos, Megamente será como um bônus por trazer diversas referências que vão de nomes à passagens marcantes.
PS2: Está ficando sem criatividade essa mania de terminar uma animação com todos os personagens dançando.
PS3: Dublagem muito perfeita, como de Costume. Tiago Lacerda não está devendo nada a Brad Pitt, nem Cláu
O Ceú sobre os ombros, de Sérgio Borges, foi o grande vencedor do 43º Festival de Brasília. O longa-metragem conquistou as categorias melhor filme, direção, roteiro, montagem e o prêmio especial do júri.
Como melhores filmes venceram ainda “Acercadacana”, de Felipe Peres Calheiros, na categoria curta ou média-metragem em 35mm, e “Traz Outro Amigo Também”, de Frederico Cabral, em curta-metragem digital.
A produção vencedora do do festival emocionou o público ao seguir a rotina de três personagens que possuem uma história de vida para lá de singular: a transexual, prostituta e professora Everlyn Barbin, o líder de torcida organizada e hare krishna Bogus e o escritor angolano Lwei Bakongo. Todos da classe média baixa de Belo Horizonte. “O mais importante é conjuto de histórias destes personagens. Do potencial de sentimentos humanos que este filme traz, de mostrar figuras meio solitárias. No meio disso tem uma delicadeza, uma alegria, que de certa forma transbora no filme”, explicou o diretor, Sérgio Borges.
Para Borges, o que valeu no festival foi a oportunidade que os cineastas mais novos tiveram de mostrar o trabalho. “É muito importante que essa cena jovem brasileira seja legitimada. Tem um grupo muito grande de realizadores fazendo filmes muito interessantes. Brasília, por ter um festival que se confunde com a história do cinema brasileiro, é uma instância de legitimação muito importante para essa geração”, opina o diretor premiado, Sérgio Borges.
Segue, abaixo, a lista com os premiados do júri oficial na edição de 2010 do festival.
Longa-metragem em 35mm
Melhor filme – “O Céu Sobre os Ombros”, de Sérgio Borges
Prêmio Especial do Júri – Aos personagens/atores do filme “O Céu Sobre os Ombros”
Melhor direção – Sérgio Borges, por “O Céu Sobre os Ombros”
Melhor ator – Fernando Bezerra, de “Transeunte”
Melhor atriz – Melissa Dullius , de “Os Residentes”
Melhor ator coadjuvante – Rikle Miranda , de “A Alegria”
Melhor atriz coadjuvante – Simone Sales De Alcântara, de “Os Residentes”
Melhor roteiro – Manuela Dias e Sérgio Borges por “Céu Sobre os Ombros”
Melhor fotografia – Aluizio Raulino, por “Os Residentes”
Melhor direção de arte – Gustavo Bragança, de “A Alegria”
Melhor trilha sonora – Andre Wakko, Juan Rojo, David Lanskylansky e Vanessa Michellis por “Os Residentes”
Melhor som – Som Direto, Edicão de Som e Mixagem de “Transeunte”
Melhor montagem – Ricardo Pretti, de “Céu Sobre os Ombros”
Curta ou média-metragem em 35mm
Melhor filme – “Acercadana”, de Felipe Peres Calheiros
Prêmio especial do júri: “Braxília”, de Danyella Proença
Melhor direção – Gabriel Martins e Maurilio Martins, de “Contagem”
Melhor ator – Vinny Azar e Ícaro Teixeira, por “A Mula Teimosa e o Controle Remoto”
Melhor atriz – Dira Paes, de “Matinta”
Melhor roteiro – Danyella Proença, de “Braxília”
Melhor fotografia – Yuri Cesar, de “Cachoeira”
Melhor direção de arte – Maíra Mesquita, de “Fábula das Três Avôs”
Melhor trilha sonora – Puriki e índios do alto rio negro, de “Cachoeira”
Melhor som – Som Direto, Edicão de Som e Mixagem de “Matinta”
Melhor montagem – Paulo Sano de “Acercadana”
Curta-Metragem Digital
Melhor Filme – “Traz Outro Amigo Também”, de Frederico Cabral
Melhor Direção – Pablo Lobato, pelo filme “Queda”
Melhor Ator – Emanuel Aragão, por “Só Mais um Filme de Amor”
Melhor atriz – Ketellen Coutinho, por “Tempo de Criança”
Melhor Roteiro – Samir Machado de Machado, por “Traz outros Amigo Também”
Melhor Fotografia – Carol Matias e Elias Guerra, por “Entrevãos”
Melhor Direção De Arte – Daniel Banda, por “O Filho do Vizinho”
Melhor Trilha Sonora – Lucas Marcier, por “Tempo de Criança”
Melhor Som – O Grivo, por “Queda”
Melhor Montagem – Alberto Feoli, por “Traz Outro Amigo Também”
Júri Popular
Melhor longa-metragem em 35mm Amor?, de João Jardim
Melhor curta-metragem em 35mm – Braxília, de Danyella Proença
Outros prêmios
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Melhor longa em 35mm – O Mar de Mário, de Reginaldo Gontijo e Luiz F. Suffiati
Melhor média ou curta em 35mm – Profana Via Sacra, de Alisson Sbrana
Melhor média ou curta em 35mm – Ratão, de Santiago Dellape
Melhor filme Digital – A menor distância entre dois pontos, de Breno Nina e Elias Guerra
Aquisição Canal Brasil
A mula teimosa e o contrle remoto, de Hélio Villela Nunes
Prêmio da crítica – Troféu Candango
Melhor longa 35mm – Transeunte, de Eryk Rocha
Prêmio Conterrâneos
Melhor Documentário do Festival: ZÉ[S], de Piu Gomes
Prêmio ABCV/EstúdiosMega e Megacolor
Ratão, de Santiago Dellape
Prêmio ABVC DF 2010
Para o ator Argemiro Gomes de Andrade Jr.
Prêmio Vagalume
Melhor Longa 35mm: Amor?, de João Jardim
Melhor Curta 35mm: Café Aurora, de Pablo Pólo
hdio Galvan a Will Ferrell.
Neste instigante artigo, o assombrólogo J. L. Munguba pergunta: Por que eles têm medo das loiras?:
.
Do EGO, no Rio 
